quarta-feira, 15 de junho de 2011

Aníbal responsabiliza Roseana pelo 'caos na saúde'; Lindolfo garante: Governo fez acordo com médicos

 programa Rede Verdade da TV Arapuan recebeu nesta segunda (30), o líder do governo na Assembleia, deputado Lindolfo Pires (DEM) e o deputado Aníbal Marcolino (PSL). Os deputados divergiram em relação à entrega dos plantões dos médicos do Hospital de Trauma e bateram boca ao entrarem na questão da invasão dos professores ao Palácio da Redenção nesta segunda (30).
O deputado Aníbal iniciou fazendo duras criticas a situação da saúde no Estado nos primeiros meses do governo de Ricardo Coutinho (PSB). “O que acontece hoje no nosso estado é realmente um caso de polícia. E é o que está acontecendo, os médicos dos hospitais de urgência e emergência estão entregando seus plantões e estão abrindo um boletim de ocorrência, para ficar resguardado do que possa acontecer”, denuncia.
Para Aníbal o atual governo está sendo “insensível e irresponsável”, afirmou também que a população quem está sendo prejudicada e reclamou do caos instalado no Hospital de Trauma após a entrega dos plantões no sábado (28). De acordo com o deputado, os médicos prestadores de serviço não tinham condições de trabalhar devido à falta de materiais.
O oposicionista explicou que há diversos tipos de profissionais trabalhando no Trauma. Os prestadores de serviço, as cooperativas e os efetivos. “infelizmente você não pode ter o mesmo profissional, com a mesma carga horária, trabalhando com as mesmas responsabilidades, ganhando um R$ 650 e as cooperativas recebendo R$ 1000”, reclama.
“O Governo tem muito dinheiro em caixa e daria para fazer o pagamento de forma uniforme”, garante. Ele afirmou que está programada uma greve dos profissionais efetivos para o dia 15 de junho.
O deputado Lindolfo Pires defendeu o Governo afirmando que não houve negligencia com as negociações e que os médicos se comprometeram a voltar ao trabalho às 19h deste domingo (29). “O acordo não foi cumprido”. Mas segundo Lindolfo, os profissionais de saúde voltaram aos seus trabalhos na manhã desta segunda (30).
Em relação ao descompasse entre os salários dos prestadores de serviços e os efetivos, o governista explicou que existem vários mecanismos que equiparam os salários. A exemplo do 13º salário que os cooperativistas não recebem. “O que ganha R$ 1000 não tem nenhum tipo de amparo legal, e o que ganha R$ 650 tem. Porque é efetivo, se você colocar na balança vai dar a mesma coisa”, explica.
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Lindolfo afirmou que o governo atual está apenas cumprindo o que a gestão anterior prometeu e nunca pagou.
Aníbal defendeu o governo anterior explicando que os profissionais receberam R$ 1000 nos meses de setembro a dezembro, e afirmou que Ricardo Coutinho também pagou o valor no mês de janeiro. O oposicionista garantiu que essa proposta de R$ 1000 para o plantão dos prestadores de serviço vem desde o governo de Cássio Cunha Lima (PSDB). “Quem manda hoje na saúde do Estado, infelizmente, acabou com a saúde do município, está acabando com a saúde do estado, é a doutora Roseana Meira (Secretária de Saúde de João Pessoa)”, aponta.
O deputado Pires defendeu o Governo lembrando da participação do secretário da saúde do Estado, Waldson Souza, na Assembleia, onde foram apresentados relatórios do Hospital de Trauma, além de matérias veiculadas na mídia, mostrando a super lotação similar a que ocorre atualmente no governo anterior.
De acordo com Lindolfo, o governo já está tomando as medidas para resolver a situação de super lotação dos grandes hospitais, como o Trauma. Ele informou que o governo irá fortalecer a rede de saúde dos municípios de até 30 mil habitantes, para acabar com a política de “ambulanciaterapia” (enviar pacientes de cidades pequenas para João Pessoa e Campina Grande).
Aníbal apontou o fechamento de diversas instituições de saúde, como a maternidade de mangabeira e o cancelamento do convênio com a Clinor, como sendo a causa da superlotação do Trauma.
O deputado ainda afirmou que esse não é um problema restrito a João Pessoa, e citou o Hospital de Trauma de Campina Grande que foi entregue antes da conclusão. “não acho certo parar, mas sim dar condições”, diz.
Segundo o oposicionista faltam materiais para o hospital. “Ontem foram atendidos 230 pacientes, e você diminuir o salário de um profissional e além disso não dar condições de material necessário é brincar com a inteligência do povo da Paraíba”, afirma.
As soluções apresentadas pelo oposicionista foram as mesmas que o deputado Lindolfo Pires já havia elencado, como o mutirão de cirurgias eletivas.


Marília Domingues

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